Dilma está saindo da sombra ao nomear ministros
Publicação Tribuna da Bahia
As nomeações de Maria das Graças Foster para a presidência da Petrobras e de Eleonora Menicucci para a Secretaria de Políticas para Mulheres mostram que a presidente Dilma Rousseff está, de fato, “saindo da sombra” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, opina a revista The Economist na edição que chega às bancas do Reino Unido hoje.
A publicação não deixa de citar que a presidente já havia demitido sete ministros no ano passado. Mas nesses casos os substitutos não tinham necessariamente a cara de Dilma. No lugar de Mário Negromonte (Cidades), por exemplo, entra um político indicado pelo partido dele, o PP.
Já a escolha de Graça Foster foi um fato “particularmente notável”, na opinião da revista. A nomeada expressou “apoio incondicional” a Dilma, o que “pode não ter caído bem para os acionistas minoritários” da Petrobras, mas mesmo assim as ações subiram.
O motivo, avalia a Economist, é que a experiência de Graça Foster “mais do que compensou” o efeito negativo que a subserviência da empresa à Presidência poderia causar. O caso de Eleonora Menicucci também foi emblemático porque ela tem sido “próxima da presidente desde que as duas dividiram cela durante a ditadura”, opina a revista.
Para o semanário, Dilma pode estar “pavimentando o caminho para uma agenda mais ambiciosa”. A seu favor, a presidente conta com uma popularidade alta: 59% de aprovação na última pesquisa, dez pontos a mais do que em meados do ano passado.
E tem, ainda, uma oposição relativamente pequena no Congresso (91 de 513 deputados). Mas a revista aponta barreiras a serem vencidas: “Conseguir qualquer coisa em Brasília é demorado e exige negociações tortuosas com parceiros da coalização. A liberdade de manobra (de Dilma) ainda é limitada pela inexperiência dela e por dívidas políticas com aliados que ajudaram a elegê-la”.
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