quinta-feira, 15 de julho de 2010

NOTÍCIAS - Agricultura


Atividades de apoio à agroindústria voltam para SEAGRI depois de vinte anos
Depois de 20 anos sob a responsabilidade da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), a coordenação da agroindústria baiana retorna à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).
A solenidade de reintegração do segmento foi realizada nesta quinta-feira (15), no auditório da Sicm, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), com a participação de representantes dos órgãos. “Não tem cabimento você plantar a mandioca e na hora de fazer a casa de farinha você dizer: a partir de agora é com outra secretaria.
Nesse momento, o secretário Sicm, James Correia, faz justiça e devolve à Seagri o que era dela de direito”, comentou o titular da Seagri, Eduardo Salles, acrescentando que ao longo dos anos a Secretaria da Agricultura foi sendo mutilada.
A decisão foi tomada em comum acordo entre os secretários, pela própria especificidade da atividade. A coordenação das indústrias agrícolas faziam parte da Seagri até a década de 90, quando passou para a Sicm, que durante esse período, atraiu importantes investimentos agroindustriais para a Bahia.
Decisão acertada
O sinergismo entre as duas secretarias permitiu o lançamento de um trabalho que está sendo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e consiste na verticalização da cadeia produtiva da soja, do algodão e do milho. Para Eduardo Salles, o primeiro produtor de guaraná do país e o segundo em algodão, precisa ter uma agroindústria forte. “Não tem sentido, não possuirmos uma indústria têxtil de porte no estado”.
A contratação da FGV permite dissecar as cadeias da soja, algodão e do milho, além de detectar os incentivos necessários para o setor ganhar competitividade com as indústrias do sul e atraí-las para o estado.
Para o secretário Salles, um segmento tão importante como o da agropecuária, que gera 30% dos empregos da Bahia, 37% das exportações e é responsável por 24% do PIB do estado, precisa estar muito forte para poder responder às demandas. “A mudança reflete na agilidade das ações que se referem ao desenvolvimento do agronegócio. Foi identificada uma sobreposição de ações entre as secretarias e isso não faz sentido.
Essa decisão foi acertada e a sinergia entre Sicm e Seagri enriquece ainda mais o setor”, assegura Luiz Gonzaga, chefe de gabinete da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração.

Nenhum comentário: