segunda-feira, 11 de março de 2013

A BAHIA, A POLÍTICA E A SECA

A Bahia precisa unir sua força política e empresarial em prol dos grandes projetos de desenvolvimento. Projetos como a Ferrovia Oeste-Leste, o Porto Sul, o eixo Sul da Transposição do São Francisco, o metrô e a orla de Salvador e outros precisam tornar-se suprapartidários e envolver todas as esferas de poder num mutirão para a sua consecução.

Na Bahia, as disputas partidárias e intrapartidárias são, por vezes, de tal magnitude que se torna difícil encontrar consenso mesmo em projetos fundamentais. Em outros estados, a união em prol de projetos estratégicos une partidos que são adversários nas urnas e há exemplos em vários estados.

Agora mesmo, a luta contra o veto de artigo da lei de royalties, ainda que prejudicial ao Brasil, uniu políticos tão díspares quanto o governador Sérgio Cabral e o ex-governador Anthony Garotinho. Ambos baixaram as armas em prol de um objetivo maior, algo que não sei se seria possível na Bahia. É verdade que o governador Jaques Wagner e o prefeito ACM Neto têm, pelo menos por enquanto, dado uma lição de civilidade e negociando projetos em conjunto e Salvador espera que isso resulte em ações como, por exemplo, a colocação do metrô nos trilhos. Mas é preciso muito mais.

Agora mesmo, enquanto todos os partidos se preocupam apenas em lançar candidatos ao governo, a seca está dizimando a agricultura, a pecuária e tirando a água que mata a sede do sertanejo. Aquela que poder ser pior seca dos últimos cinquenta anos já deveria ter unido os políticos em caravana para bater às portas do Palácio do Planalto, munidos de reivindicações de curto prazo e de propostas de longo prazo para evitar que a situação se repita.

Daqui da planície, este colunista, que, diga-se, não almeja cargos e na planície pretende continuar, está estudando a questão do semiárido convencido de que a Bahia não entrará no futuro, enquanto não estiver preparada para conviver com a seca. A verdade é que os políticos da Bahia precisam se unir em prol dos grandes projetos de desenvolvimento e em prol de um programa federal de grande porte para fazer frente à seca.
Armando Avena

BahiaEconomica

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