Ferrovia Oeste/Leste
O sonho de Vasco Neto
A Ferrovia de Integração Oeste/Leste foi idealizada na década de 1950 pelo professor da UFBA, Vasco Neto (foi deputado federal por quatro mandatos consecutivos) que achou viável unir os oceanos Atlântico e Pacifico, através de Ferrovia que cortaria a América do Sul.
Em seu projeto a Ferrovia ligaria o Porto de Campinho em Maraú, na Baía de Camamu, seguiria até onde hoje está situada Luiz Eduardo Magalhães, continuando pelos municípios de Peixe no Tocantins, no Matogrosso e Cruzeiro do Sul já na fronteira com a Bolivia, seguindo pela Cordilheira dos Andes até Puerto Bayova no Perú, com uma extensão de 6.000 km.
A Ferrovia Oeste/Leste em quatro anos se transformou de conceito e necessidade para projeto e depois de amplo debate entre governos estadual e federal, empresários de vários segmentos envolvidos, participação da sociedade civil,com audiências públicas em municípios beneficiados. Foram realizados os estudos para a definição do traçado, estudos ambientais.
É bom que se afirme que a reunião da CEPRAM realizada em Fevereiro de 2008,dava conta dos Projetos de Logisticas da Bahia e apresentava os Sitios Analisados, com os estudos dos vetores inerentes aos mesmos.
Os Sitios Analisados foram:
01: Ilhéus (Porto do Malhado) - 02: Distrito Industrial - 03: Aritaguá - 04: Ponta do Ramo - 05: Serra Grande e 06: Campinho. Os aspectos analisados ou vetores foram : localização portuária, acessibilidade, retroária e meio ambiente, este último considerando seis vetores.
O projeto da Ferrovia Oeste/Leste foi mantido no Senado, mas introduziu-se mais uma ligação do tipo radial partindo do Norte do Rio de Janeiro. Pior foi na Câmara dos Deputados onde ligação com a Bahia havia desaparecido.
A Ferrovia teve seu traçado interrompido quando sai da Bahia e encontra a Ferrovia Norte/Sul em Tocantins, não chegando mais a fronteira com o Perú, sonho de Vasco Neto.
Cabe a Bahia em futuro próximo a estratégia de reintroduzir no planejamento federal o que está no Plano Viário Nacional, uma ligação Oeste/Leste transcontinental, que como consequencia favorece o equilíbrio espacial do desenvolvimento nacional,
Aos homens públicos de Ilhéus se aplica muito bem um provérbio oriental que diz: " Não lamente, chorando como uma criança, o que não soubeste defender como homem".
A luta pela Ferrovia e Porto Sul está viva e sua consumação depende do poder de
de pressão de toda região.
Continua( Parte 02/02)
Nenhum comentário:
Postar um comentário